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domingo, 19 de outubro de 2014

EQUILIBRANDO SUAS CONTAS

O primeiro passo é entender o que é ponto de equilíbrio financeiro. Nada mais é do que o empate entre quanto você ganha e quanto você gasta, por exemplo: Se você ganhar mensalmente um valor líquido de R$2.000,00 e todas as suas contas também custarem R$2.000,00, isso significa que você está no ponto de equilíbrio, logo, se você gastar menos do que ganha, obterá um lucro e se você gastar mais do que ganha, obterá um prejuízo. 


Pense como uma balança, se os pratos estão na mesma altura, significa equilíbrio entre as duas pontas.



O caminho mais curto e comum utilizado pelas pessoas para se realizar um sonho material é o financiamento desse bem material e, normalmente não há como impedir que alguém escolha por essa opção.

No mundo atual, a maioria das pessoas aprendeu a viver endividada como se fosse algo necessário para preencher um vazio existente. Muitos não conseguem ficar sem pelo menos um carnê para pagar mensalmente em pequenas ou grandes parcelas, seja comprando uma TV ou um imóvel, tanto faz, virou uma espécie de terapia. Para pessoas impulsivas e consumistas, é necessária a reeducação financeira pois, é possível viver melhor financeiramente, mesmo possuindo dívidas. Qualquer pessoa pode encontrar o equilíbrio de suas finanças pessoais, desde que respeite seus limites financeiros e aprenda a enxergar finanças de forma clara e objetiva.

Uma coisa é ter dívidas, outra é não conseguir honrar essas dívidas tornando-se inadimplente junto à empresa que adquiriu determinado bem ou serviço. Financiar um sonho não é o problema em si, o problema é quando esse financiamento não cabe dentro do orçamento existente pois, o que era para servir como antecipação de um sonho, pode transformar-se em um pesadelo. A inadimplência, além de fazer com que você perca o sono, a paz e a sua saúde, acaba por fazer com que o bem adquirido seja retomado pela empresa que o financiou e ainda restará um saldo a pagar mesmo devolvendo o bem, pois os bancos não vão perdoar os juros previstos em contrato.

Quando os bancos emprestam dinheiro para aquisição de um bem de valor agregado como um carro ou um imóvel, ele projeta o quanto irá ganhar no período total do financiamento, o que chamamos de juros, ou seja, se você financiar um carro em 60 meses, o banco irá definir na assinatura do contrato o quanto (juros) quer e irá ganhar em cima do valor principal emprestado, neste caso o valor do carro, até o final dos 60 meses.

Caso haja inadimplência acima de 60 dias, ou seja, o não pagamento de duas parcelas, o banco na maioria dos contratos tem o direito de regresso do bem, ou seja, de recuperar o bem através de busca e apreensão judiciais. Após essa retomada, o bem vai a leilão e o valor alcançado no leilão, servirá para liquidar sua dívida com o banco, normalmente de forma parcial, afinal, quem compra um bem a vista em um leilão, não irá arcar com os juros e, por este motivo, restará esse valor para saldar a dívida com o banco. 

No exemplo abaixo, faço um cálculo para a aquisição de um veículo em 60 parcelas à uma taxa de juros de 2,5% ao mês e IOF de 0,50% ao mês (em posts futuros explicarei as taxas e tarifas bancárias para melhor entendimento). Considerei ainda que tenham sido pagas 30 parcelas desse contrato, ou seja, 50% do total e que a partir daí não foi paga mais nenhuma parcela, tornando o contrato inadimplente. Supus que o valor de venda em um leilão, que se deu após a retomada do bem pelo banco, foi de R$17.000,00, logo, se pegarmos o valor total do contrato que é a soma das 60 parcelas - o valor das parcelas pagas - o valor de venda no leilão, teremos como resultado o saldo a pagar do contrato que é exatamente a dívida que permanecerá sob a sua responsabilidade para pagamento, ou seja, você continuará devendo para o banco esse saldo.

                                     Conta: 65.039,40 - 32.519,70 -17.000,00 = 15.519,70 


Lembre-se, os bancos nunca perdem dinheiro, pois quando há inadimplência, os bancos possuem abatimento no seu imposto de renda, bem como, normalmente esses empréstimos possuem seguros e o banco acaba por receber o suposto prejuízo!

No Brasil, possuir dívidas já é um padrão para mais de 80 milhões de brasileiros e, com o crescimento econômico esperado para os próximos anos, as pessoas tendem a contrair mais dívidas e consequentemente aumentar seu endividamento pessoal.

Esse cenário traz como resultado imediato e negativo, o aumento das pessoas que possuem pouca ou nenhuma reserva financeira para enfrentar imprevistos ou situações adversas e extraordinárias que, quando ocorrem, acabam forçando as pessoas a se endividarem ainda mais.

O brasileiro não aprendeu a poupar antes de comprar. Isso transforma as pessoas em presas fáceis dos bancos que facilitam o crédito e cobram juros altos. Para se realizar um sonho, as pessoas tendem a agir com a “Emoção” e não com a “Razão” e na maioria das vezes contraem uma dívida sem ter clareza das consequências dessa escolha. Assim, o que parecia ser a melhor solução para realizar um sonho, acaba transformando-se numa bola de neve sem fim com alto poder de destruição como demonstrado na planilha acima.

Dívidas estão diretamente ligadas ao consumo inconsciente pois, vivemos com a já gasta concepção que o importante é ter e não ser, o que acaba fazendo com que as pessoas em busca de um espaço na sociedade, endividem-se além do que podem pagar e acabam por sofrer as duras consequências da inadimplência como: constantes ligações de cobrança, ameaças de retomada do bem, negativação do nome junto aos órgãos de proteção ao crédito e a efetiva perda do bem sem que a dívida seja quitada integralmente por isso.

Se a sociedade nos ensinou a viver enforcados, como fazer para atingir o equilíbrio das finanças? A resposta mais simples é endividar-se com responsabilidade, do contrário, a consequência será alta demais, porque a inconsciência no endividamento financeiro pode destruir vidas!

Pense bem antes de contrair dívidas pois, antes de poupar, é necessário equilibrar suas contas e dívidas para que não seja sacrificante poupar e sim gratificante!





domingo, 28 de setembro de 2014

PLANEJAMENTO - A ALMA DO NEGÓCIO



Por quê planejar?

Todo mundo acha difícil guardar dinheiro e não entende os motivos de nunca conseguir. Tudo que decidimos fazer em nossas vidas requer planejamento, pois sem ele a chance de não atingirmos nossos objetivos é praticamente de 100%, ou seja, não podemos atingir um objetivo sem que planejemos cada passo até ele e suas probabilidades.

Está difícil sobrar dinheiro para investir? Comece pelo básico, pode parecer bobeira mas não é, faça o teste. Compre uma caderneta pequena e anote todos os dias, os gastos que realizar pelo período de trinta dias. Ao final de um mês, você poderá verificar em detalhes onde está indo o seu dinheiro e assim planejar melhor a utilização dele. Procure separar os gastos por tipo de despesa, ou seja, uma página só para guloseimas, outra para farmácia e assim sucessivamente e anote literalmente tudo que gastar dia a dia. Se preferir imprimir, segue abaixo um modelo com exemplos para anotação.

Modelo:

Guloseimas
Data
Valor
Forma de Pagamento
26/09/14
10,00
Dinheiro
27/09/14
8,00
Débito
28/09/14
15,00
Crédito



















Lembre-se, esse processo deve ser feito apenas com o intuito de identificar o destino do seu dinheiro durante o mês, não é necessário fazer mais do que trinta dias. A ideia não é obter histórico de gastos, e sim a identificação, pois a maioria de nós não percebe o quanto gastamos com pequenas coisas que não anotamos ou damos importância.

Após esse processo definido, verifique as possibilidades de economia, afinal nada acontece sem sacrifícios!

Defina seus sonhos de curto prazo, médio prazo e longo prazo. Na sua planilha de controle, coloque um valor para cada um deles que você deverá mensalmente guardar para consegui-los ao longo do tempo. Elimine gastos supérfluos e reserve esse dinheiro para aplicar mensalmente, crie o hábito de guardar pois, ele é mais difícil que o hábito de consumir.

Planejando seus sonhos

Devemos nos perguntar:

O quê? – Nessa questão você deverá definir seus objetivos/sonhos.
Como? – Tudo o que é possível ser feito para alcançar seus objetivos/sonhos.
Quando? – Período ou tempo que você terá para alcançar seus objetivos/sonhos. Defina suas metas e cronograma de reservas mensais.

Exemplo financeiro: Supondo que nosso objetivo seja economizar R$12.000,00 e nosso prazo seja de 12 meses, teríamos que economizar R$1.000,00 por mês. Esse seria um sonho de curto prazo, considere acima de 24 meses como médio prazo e acima de 60 meses como longo prazo.

No exemplo acima utilizamos matemática simples apenas para ilustrar, porém ao utilizarmos o mercado financeiro essa conta ao final de 12 meses certamente ultrapassará os R$12.000,00 esperados.

A parte mais importante do planejamento é o “Como?”, pois é a etapa onde você irá detalhar todo o processo e caminho até seus objetivos/sonhos, como por exemplo as formas de se rentabilizar seu dinheiro ao longo dos doze meses, ou ainda as formas de se ganhar dinheiro extra para uma economia maior.

A forma mais conhecida é a poupança que atualmente rende em média 0,55% ao mês, mas essa aplicação, apesar de segura por não apresentar risco de perdas é também a que menos rende.
Inicialmente defina o seu perfil de investidor sendo eles:

Investidor Conservador – Não aceita perdas e não gosta de correr riscos. Nesse perfil o risco de perda do capital inicial investido é baixo, portanto a rentabilidade sobre o capital aplicado também será baixa. Exemplos de investimentos: Poupança, tesouro direto, CDB’s pré-fixados de bancos de primeira linha, etc.

Investidor Agressivo: Vive com o risco alto de perdas, porém seus lucros podem ser bem vantajosos. Nesse perfil o risco de perda é alto, pois a maior parte da carteira de investimentos será em ações de empresas com capital aberto na bolsa de valores. Exemplos de investimentos: Ações, CDB’s, FIDC’s, etc.

Investidor Moderado: Aceita melhor alguns limites de perdas e corre risco moderado, ou seja, nesse perfil o risco de perda do capital inicial investido é moderado, pois na composição de seus investimentos, existirão os de baixo risco e os de alto risco mesclados para se atingir uma rentabilidade média esperada.

Antes de investir, é necessário estudar para que você mesmo possa decidir sobre seus investimentos.

Investimentos somente poderão ser realizados por instituições financeiras e corretoras de valores devidamente registradas no Banco Central do Brasil e na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

O gerente do seu banco possui conhecimento para lhe orientar quanto aos tipos de fundos de investimentos apresentam baixos, médios e altos riscos, além de poder lhe vender tais investimentos.

Alguns sites também podem ser úteis e existem cursos básicos gratuitos na Bovespa para quem tem interesse em conhecer o mercado de capitais.

BM&FBOVESPA

CURSOS BM&FBOVESPA

TESOURO DIRETO

LEMBRE-SE:
SEUS OBJETIVOS/SONHOS DEVEM FAZER PARTE DO SEU ORÇAMENTO MENSAL, DO CONTRÁRIO NUNCA SERÃO ALCANÇADOS E REALIZADOS. NÃO BASTA SONHAR, TEMOS QUE AGIR E PLANEJAMENTO E DISCIPLINA SÃO FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO!

DEIXEM SEUS COMENTÁRIOS OU DÚVIDAS SOBRE O TEMA.

Quem tiver interesse, tenho um software gratuito para controle das despesas pessoais, é só enviar um e-mail para danielchaya1@gmail.com solicitando que eu encaminho.

Daniel Chaya







domingo, 21 de setembro de 2014

Ponto de vista e Boas Vindas!

     Finanças é algo simples, mas exige foco, disciplina, planejamento estratégico e controle, afinal, como diriam os nossos pais e avós: "O que engorda o porco é o olho do dono".  

     Muitos acham complicada a administração financeira, porém ela é tão simples quanto 2+2=4. Ao longo de minha vivência no mercado financeiro, pude perceber que o perfil do empresário brasileiro é o de empreendedor, mas estão muito longe de serem administradores ou gestores! Esse cenário de certa forma é catastrófico, pois faz com que a maior parte das empresas existam por pouco tempo e acabem por fazer parte da estatística das empresas que fecham até o segundo ano de vida. Grandes idéias, péssimos negócios por falta de gestão principalmente financeira.


 
Por que isso acontece?

     Isso acontece pela simples falta de educação financeira, pois o mais comum de se verificar em empresas ou indústrias em dificuldade é o famoso "Cabide de empregos" onde o nepotismo corre solto e a confusão entre as finanças dos sócios e da empresa se misturam constantemente. O problema em si não é o nepotismo, mas sim a falta de expertise dos parentes nos cargos que ocupam, para vocês terem idéia, cheguei a conhecer uma designer de interiores que era a gerente financeira de uma empresa pelo simples fato da mesma pertencer a sua família. Outro fato corriqueiro é o fato do bolso dos sócios se misturarem com o caixa da empresa, o que acaba por esgotar o capital de giro da empresa e comprometer o seu fluxo de caixa.

     Outro fato importante é a visão do empresariado quanto ao mercado externo pois, é comum que após atingir determinado sucesso, os empresários acabem por se iludir de que aquela situação se manterá eternamente e acabam não acompanhando as mudanças de mercado que atualmente em função da globalização é muito dinâmico e acirrado.

Qual a consequência?

     No caso do nepotismo, a consequência é a ingerência e a falta de governança corporativa na empresa. Já na confusão financeira entre "bolso e caixa", essa situação acaba fazendo com que a empresa tenha necessidade de buscar recursos no mercado financeiro à juros, o que altera consideravelmente as margens líquidas de ganho da empresa pois, o custo financeiro acabará por consumir parte da margem dos produtos comercializados.

     Quando não se acompanha o mercado, a empresa tende, ao longo tempo, a ficar arcaica e ter sua produtividade e competitividade abaladas. Essa combinação é extremamente maléfica para uma empresa pois, o empresário vive em uma ilusão constante e quando percebe essa necessidade de mudança, normalmente já é tarde demais.

O que fazer?

     Existem muitas formas de se reestruturar uma empresa, porém, normalmente são custosas e nem todas as empresas possuem recursos para arcar com esses custos, afinal, o ego do empresariado brasileiro em não permitir que um terceiro tome o controle de sua empresa é muito grande. O empresário quer o mérito e tenta sempre até o final resolver tudo sozinho. Por isso, na maioria das vezes, quando sentem-se desesperados e sem terem mais o que fazer, recorrem as consultorias especializadas que em sua grande maioria tendem a trabalhar para os bancos e não para a empresa, ou seja, entram com promessas de virada de mesa (Turnaround), iludem os empresários e acabam por sugar os últimos recursos e ativos das empresas visando apenas o seu lucro próprio ou o dos bancos com os quais atua em parceria.

     Nem toda consultoria tem esse perfil, mas são poucas as sérias desse país. Querem saber mais? Enviem suas sugestões de assuntos ou dúvidas que certamente terei prazer em esclarecer e postar aqui no meu blog!
   
     Por ser meu primeiro post, acredito ter sido o mais objetivo possível e irei postar muitos assuntos relacionados à finanças e ao mercado financeiro. Como todos os assuntos são muito extensos e com muito conteúdo, tentarei focar nos mais pedidos e complexos.

     A idéia é poder auxiliar e desmistificar esse mercado tão complicado e agressivo através do olhar de um profissional com mais de 17 anos de experiência em operações de crédito e reestruturação de empresas.

LEMBREM-SE: O CAIXA DA EMPRESA NÃO É O SEU CAIXA, A EMPRESA TEM CUSTOS E SEUS RECURSOS NÃO DEVEM SERVIR PARA FINANCIAR OS LUXOS DOS SÓCIOS!

BEM VINDOS AO BLOG CHAYA FINANCE - FINANÇAS SEM MISTÉRIO!

Próximo Post: Planejamento Estratégico 

Daniel Chaya