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domingo, 21 de setembro de 2014

Ponto de vista e Boas Vindas!

     Finanças é algo simples, mas exige foco, disciplina, planejamento estratégico e controle, afinal, como diriam os nossos pais e avós: "O que engorda o porco é o olho do dono".  

     Muitos acham complicada a administração financeira, porém ela é tão simples quanto 2+2=4. Ao longo de minha vivência no mercado financeiro, pude perceber que o perfil do empresário brasileiro é o de empreendedor, mas estão muito longe de serem administradores ou gestores! Esse cenário de certa forma é catastrófico, pois faz com que a maior parte das empresas existam por pouco tempo e acabem por fazer parte da estatística das empresas que fecham até o segundo ano de vida. Grandes idéias, péssimos negócios por falta de gestão principalmente financeira.


 
Por que isso acontece?

     Isso acontece pela simples falta de educação financeira, pois o mais comum de se verificar em empresas ou indústrias em dificuldade é o famoso "Cabide de empregos" onde o nepotismo corre solto e a confusão entre as finanças dos sócios e da empresa se misturam constantemente. O problema em si não é o nepotismo, mas sim a falta de expertise dos parentes nos cargos que ocupam, para vocês terem idéia, cheguei a conhecer uma designer de interiores que era a gerente financeira de uma empresa pelo simples fato da mesma pertencer a sua família. Outro fato corriqueiro é o fato do bolso dos sócios se misturarem com o caixa da empresa, o que acaba por esgotar o capital de giro da empresa e comprometer o seu fluxo de caixa.

     Outro fato importante é a visão do empresariado quanto ao mercado externo pois, é comum que após atingir determinado sucesso, os empresários acabem por se iludir de que aquela situação se manterá eternamente e acabam não acompanhando as mudanças de mercado que atualmente em função da globalização é muito dinâmico e acirrado.

Qual a consequência?

     No caso do nepotismo, a consequência é a ingerência e a falta de governança corporativa na empresa. Já na confusão financeira entre "bolso e caixa", essa situação acaba fazendo com que a empresa tenha necessidade de buscar recursos no mercado financeiro à juros, o que altera consideravelmente as margens líquidas de ganho da empresa pois, o custo financeiro acabará por consumir parte da margem dos produtos comercializados.

     Quando não se acompanha o mercado, a empresa tende, ao longo tempo, a ficar arcaica e ter sua produtividade e competitividade abaladas. Essa combinação é extremamente maléfica para uma empresa pois, o empresário vive em uma ilusão constante e quando percebe essa necessidade de mudança, normalmente já é tarde demais.

O que fazer?

     Existem muitas formas de se reestruturar uma empresa, porém, normalmente são custosas e nem todas as empresas possuem recursos para arcar com esses custos, afinal, o ego do empresariado brasileiro em não permitir que um terceiro tome o controle de sua empresa é muito grande. O empresário quer o mérito e tenta sempre até o final resolver tudo sozinho. Por isso, na maioria das vezes, quando sentem-se desesperados e sem terem mais o que fazer, recorrem as consultorias especializadas que em sua grande maioria tendem a trabalhar para os bancos e não para a empresa, ou seja, entram com promessas de virada de mesa (Turnaround), iludem os empresários e acabam por sugar os últimos recursos e ativos das empresas visando apenas o seu lucro próprio ou o dos bancos com os quais atua em parceria.

     Nem toda consultoria tem esse perfil, mas são poucas as sérias desse país. Querem saber mais? Enviem suas sugestões de assuntos ou dúvidas que certamente terei prazer em esclarecer e postar aqui no meu blog!
   
     Por ser meu primeiro post, acredito ter sido o mais objetivo possível e irei postar muitos assuntos relacionados à finanças e ao mercado financeiro. Como todos os assuntos são muito extensos e com muito conteúdo, tentarei focar nos mais pedidos e complexos.

     A idéia é poder auxiliar e desmistificar esse mercado tão complicado e agressivo através do olhar de um profissional com mais de 17 anos de experiência em operações de crédito e reestruturação de empresas.

LEMBREM-SE: O CAIXA DA EMPRESA NÃO É O SEU CAIXA, A EMPRESA TEM CUSTOS E SEUS RECURSOS NÃO DEVEM SERVIR PARA FINANCIAR OS LUXOS DOS SÓCIOS!

BEM VINDOS AO BLOG CHAYA FINANCE - FINANÇAS SEM MISTÉRIO!

Próximo Post: Planejamento Estratégico 

Daniel Chaya

   

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